Uma simulação virtual foi usada na tentativa de determinar se a famosa relíquia bíblica realmente mostra a imagem de Jesus.
Acreditado por muitos como o verdadeiro pano de sepultamento do próprio Jesus, o Sudário de Turim - que hoje está situado na Catedral de São João Batista em Turim, Itália - tem sido objeto de intenso escrutínio, controvérsia e debate.
Um número significativo de pesquisadores fez alegações conflitantes sobre o sudário, com alguns aclamando-o como autêntico e outros sugerindo que não é o sudário de Jesus.
As descobertas deste último estudo se enquadram firmemente na última categoria
Cícero Moraes - um especialista em gráficos - queria descobrir se era possível que uma impressão como a mostrada no sudário fosse realmente criada colocando um pano sobre um corpo morto.
Para determinar isso, ele criou uma simulação virtual de computador para ver se a impressão correspondia às impressões que um corpo humano real faria ao tocar o pano.
Suas descobertas sugeriram que era altamente improvável que o sudário contivesse uma imagem genuína de Jesus.
"Quando você envolve um objeto 3D com um tecido, e esse objeto deixa um padrão como manchas de sangue, essas manchas geram uma estrutura mais robusta e mais deformada em relação à fonte", disse ele.
"Falando de grosso modo, o que vemos como resultado da impressão de manchas de um corpo humano seria uma versão mais inchada e distorcida dele, não uma imagem que parece uma fotocópia. Um baixo-relevo não faria com que a imagem se deformasse, resultando em uma figura que se assemelha a uma fotocópia do corpo."
"De um lado estão aqueles que pensam que é um sudário autêntico de Jesus Cristo, do outro, aqueles que pensam que é uma falsificação", disse ele.
"Mas estou inclinado a outra abordagem: que é, de fato, uma obra de arte cristã, que conseguiu transmitir sua mensagem com muito sucesso."