Por um período de mais de 300 anos, pessoas acusadas de serem bruxas foram caçadas e perseguidas.
Do século XV ao XVIII, por toda a Europa, milhares de pessoas — a maioria mulheres — foram condenadas e executadas por serem bruxas em um período conhecido como "caça às bruxas" ou "julgamentos das bruxas".
Embora as injustiças impostas a essas vítimas inocentes sejam agora bem conhecidas, o que não é bem compreendido é por que as pessoas estavam tão obcecadas em caçar bruxas.
De acordo com um novo estudo, o culpado foi provavelmente a invenção e a adoção generalizada da imprensa, que permitiu a disseminação de uma nova teoria sobre bruxaria no século XV.
Talvez o livro mais influente nesse sentido tenha sido Malleus Maleficarum, de Heinrich Kramer, de acordo com o estudo, o livro ajudou a "retratar a bruxaria como uma atividade conspiratória contra a sociedade".
O livro foi descrito como "o primeiro guia impresso para caçadores de bruxas".
"A grande inovação do livro foi combinar uma explicação teológica elaborada da bruxaria com orientação prática sobre os métodos de investigação, interrogatório e condenação de bruxas", escreveram os autores do estudo.
"Ele endossou o uso de métodos inquisitoriais por juízes seculares e defendeu um relaxamento das restrições legais na acusação de bruxaria".
A prática de perseguição às bruxas continuou por vários séculos antes de finalmente ser interrompida.