Cão do inferno com olhos de pires: cientistas desvendam o mistério do cão demoníaco de East Anglia. Mistério Resumo.

 

Cão do inferno com olhos de pires: cientistas desvendam o mistério do cão demoníaco de East Anglia.

Ao longo de milhares de anos, os humanos criaram inúmeras lendas sobre criaturas míticas e assustadoras. Uma das mais aterrorizantes é o Black Shuck, um enorme cão preto com olhos vermelhos "infernais" como pires que supostamente vaga por East Anglia. Um novo estudo pretende resolver o mistério desta criatura.

Na nova série da BBC Myth Country, pesquisadores embarcam em uma expedição noturna ao interior de Norfolk, esperando gravar o infame cão do inferno. 


De acordo com o historiador e antropólogo Dr. David Waldron da Federation University na Austrália, histórias de cães pretos nas Ilhas Britânicas datam do século IX. Curiosamente, contos semelhantes aparecem por todo o país e pela Europa como um todo.


Relatos oculares sobre Black Shuck são frequentemente difíceis de interpretar. Muitos descrevem uma “sensação distinta” ao encontrar a criatura. Um dos primeiros registros, descreve os cães como “negros semelhante a carvão” com “olhos como pires”, e data de 1127 no Peterborough Chronicle. 


Estudiosos sugerem que a lenda de Black Shuck ganhou notoriedade na Igreja da Santíssima Trindade em Blythburgh, East Suffolk, em 4 de agosto de 1577. 


Durante uma tempestade violenta, um "cão do diabo" preto teria invadido a igreja, matando um homem e um menino, e causando o colapso da torre. Os moradores acreditavam que as marcas de garras nas portas da igreja, conhecidas como "impressões digitais do diabo", foram deixadas pela besta.


Na foto está o interior da porta norte da Igreja da Santíssima Trindade em Blythburgh. A porta tem marcas de queimadura “deixadas por Black Shuck”. Crédito: BBC
Na foto está o interior da porta norte da Igreja da Santíssima Trindade em Blythburgh. A porta tem marcas de queimadura “deixadas por Black Shuck”. Crédito: BBC 


No mesmo dia, outro encontro foi relatado na Igreja de Bungay, mais tarde descrito pelo Rev. Abraham Fleming. De acordo com o texto, um cão preto passou entre duas pessoas, quebrando seus pescoços.


Dr. Jonathan Woolley, um antropólogo ambiental e graduado pela Universidade de Cambridge, afirma que Black Shuck “definitivamente existe”, desempenhando um papel importante em como as pessoas percebem a paisagem assustadora de East Anglia.


Uma teoria importante entre cientistas sugere que o Black Shuck pode ser uma espécie desconhecida de cão selvagem que até agora escapou da observação científica. No entanto, o Dr. Woolley descarta essa ideia, argumentando que é improvável que um cão de rua seja responsável por tais fenômenos “complexos e sobrenaturais”.


O Dr. Waldron acha interessante que o relato de Abraham Fleming inclua dois avistamentos do cão do inferno no mesmo dia, em locais diferentes. 


Como um padre devoto, Fleming pode ter pretendido que sua história fosse um "chamado às armas contra o pecado". Seu relato explora um antigo mito de cães pretos como arautos da desgraça, uma crença que permeia o folclore europeu há séculos.


Notavelmente, houve muitos relatos de avistamentos nos 450 anos desde os incidentes da igreja, com encontros continuando até hoje. Um relato memorável de 1973 vem de Keith Florey, que disse que um cachorro o perseguiu pela Old Barrack Road em Woodbridge enquanto ele estava em sua motocicleta.


Mais recentemente, o vendedor de jornais aposentado Nigel Thorpe relatou ter visto um cachorro grande com olhos “brilhantes” saltando em sua direção em uma estrada deserta em Great Yarmouth. 


Durante a pesquisa para seu livro, o Dr. Waldron conversou com diversas pessoas que alegaram ter encontrado o cão-diabo. 




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