Os pesquisadores se concentraram em investigar a função cerebral durante estados associados à perda de consciência. Para fazer isso, eles conduziram um experimento com 27 voluntários saudáveis.
Os cientistas induziram a perda temporária da consciência usando métodos como hiperventilação, ortostase (mudanças repentinas na posição do corpo) e manobras de Valsalva (uma técnica de respiração específica).
Após recuperarem a consciência, os voluntários foram solicitados a descrever quaisquer memórias ou visões incomuns que vivenciaram.
Por meio do monitoramento de atividade cerebral de alta precisão (EEG de alta densidade), os pesquisadores descobriram que certas áreas do cérebro se tornaram ativas durante o desmaio em alguns participantes, levando a visões que lembravam experiências de quase morte. Essas visões frequentemente continham elementos místicos e uma sensação de transcendência.
A análise revelou que essas visões estavam associadas ao aumento da atividade nas bandas de ondas cerebrais delta, teta e beta em regiões responsáveis pela percepção e processamento de informações.
Além disso, o cérebro exibiu alta complexidade e conectividade dentro dessas faixas, o que pode explicar a vivacidade e a intensidade dessas experiências.
Este estudo sugere que a consciência pode ser interrompida por explosões de atividade neural, resultando em experiências incomuns e intensas, semelhantes a fenômenos de quase morte.