Segundo uma lenda, o pênis de Rasputin foi cortado após sua morte e compartilhado entre seus devotos. Outros acreditam que um culto de expatriados russos literalmente adorava o órgão decepado na esperança de que seu poder os contagiasse e lhes concedesse fertilidade. No entanto, a realidade de seu destino provavelmente era muito menos obscena.
O monge louco e sua fama de mulherengo
Antes de tentar entender o que aconteceu com o pênis de Rasputin, é importante entender por que isso foi uma parte tão importante de sua história em primeiro lugar. Embora conhecido como monge, ele não pertencia exatamente a uma ordem que praticava coisas como temperança e abstinência.
Em vez disso, havia rumores de que Rasputin fazia parte de uma seita conhecida como khlysts ou khlysti. Como observa a Encyclopedia Britannica, a seita cristã ortodoxa clandestina acreditava que alguém estava "mais próximo de Deus" quando atingia um estado de exaustão sexual após um período de devassidão prolongada.
Sob tal crença, Rasputin se tornou um grande sucesso com as damas da Rússia czarista, incluindo, supostamente, a esposa do czar. Mesmo muito depois de sua morte, rumores infundados persistiram sobre o caso de Rasputin com a czarina Alexandra, e acredita-se que tenham influenciado e motivado os nobres a matar o "Monge Louco".
No entanto, como disse o historiador Douglas Smith à revista Town and Country, é improvável que os dois tenham dormido juntos:
Alexandra era uma mulher vitoriana bastante devota. Não há como, nem prova, que ela teria procurado sexo com Rasputin.
A lenda do pênis de Rasputin
Enquanto as circunstâncias da morte de Rasputin e o destino de seu pênis permanecem debatidos, está claro que Grigori Rasputin foi assassinado em 30 de dezembro de 1916, no Palácio Yusupov em São Petersburgo, apesar de sua suposta luta sobrenatural para sobreviver.
Como Yusupov escreveu em suas memórias, de acordo com a revista Smithsonian:
Este demônio que estava morrendo de veneno, que tinha uma bala no coração, deve ter sido ressuscitado dos mortos por poderes malignos. Havia algo hediondo e monstruoso em sua recusa diabólica de morrer.
E embora Rasputin tenha se afogado, o destino de seu pênis continuou.
Os primeiros relatos sobre o destino do infame pênis do místico surgiram na década de 1920, quando um grupo de imigrantes russos que viviam na França alegou estar de posse de seu bem mais valioso. Preservado como uma espécie de relíquia religiosa, diz a lenda que o membro decepado tinha o poder de conceder fertilidade.
Quando a notícia chegou à filha de Rasputin, Maria, segundo a história, tomou posse do pênis e denunciou esses migrantes e suas práticas. Naturalmente, não há nenhuma prova tangível dessa história.
Em 1994, um colecionador americano chamado Michael Augustine afirmou que havia adquirido o pênis por meio da venda da propriedade da falecida Maria Rasputin. No entanto, o objeto grotesco foi mais tarde determinado a ser nada mais do que um pepino do mar seco.
O verdadeiro destino do pênis de Rasputin
A partir de 2004, apareceu um pênis em exibição no Museu de Erotismo de São Petersburgo que supostamente pertencia a ninguém menos que o próprio Rasputin. O dono do museu alegou que pagou US$ 8.000 pelo membro superdimensionado, que mede impressionantes 12 polegadas. A maioria dos especialistas acredita que esse misterioso pedaço de carne é um pênis decepado de um touro ou possivelmente de um cavalo.
O destino real do pênis de Rasputin é provavelmente muito menos interessante. Em 1917, uma autópsia foi realizada no monge louco depois que seu corpo foi recuperado do rio. O legista do caso, Dmitry Kosorotov, realizou uma autópsia completa, afirmando que, embora Rasputin certamente estivesse em pior estado após seu violento assassinato, seu pênis estava inteiro.
Isso significaria que todas as outras genitálias atribuídas ao "Monge Louco" não passam de fraudes.
Como disse o escritor Edvard Radzinsky:
As histórias sobre o pênis de Rasputin começaram quase imediatamente após sua morte. Mas são todos mitos e lendas.