Todos os anos, logo quando começava as férias da escola no mês de dezembro, viajava para a casa da minha avó, não foi diferente no verão de 1987. Estava então com 11 anos de idade quando minha avó me levou para a roça onde ela morava há tempos com meu avô.
Logo em seguida fui encontrar meus primos e fomos tomar banho no rio, um rio bem raso sem perigo para as crianças, no penhasco havia uma casa completamente abandonada, curiosamente perguntei a meu primo o porquê daquela casa estar lá já que das outras vezes que vim até a roça não havia visto ela lá.
Ele falou que era por causa do mato que encobria, a casa sempre esteve lá mas o matagal escondia a construção antiga, curiosamente fomos na casa, havia uma cruz dando a entender que poderia ter sido uma igreja antiga.
Os adultos logo nos interromperam dizendo para não subir por causa das cobras, descemos a trilha, mas a curiosidade continuou, no dia seguinte sem dizer nada para minha avó, seguir uma trilha pequena que cortava o rio em direção a casa toda enegrecida pelo tempo.
Numa distância mais ou menos de um metro da minha pessoa até a casa senti uma sensação estranha como se houvesse alguém querendo me agarrar, exalava um fedor que anos mais tarde descobri ser de enxofre, esse fedor entrou por minhas narinas, tentei gritar, porém minha voz não saía. Fiquei parado naquele lugar e por fim um trabalhador local me puxou e me levou para a casa da minha avó.
Quando relato essa história para os meus familiares dizem ser obra da minha cabeça, com certeza há uma maldição naquela casa abandonada.