No ano de 1978, minha família vivia próximo a um riacho no interior de São Paulo, havia poucas casas e a pesca era abundante naquele tempo, sempre ajudava meu pai no pequeno barco velho, jogávamos a tarrafa por todas as direções à procura de peixes. Tudo que contarei aqui é verdade, lembro do fatídico domingo quando meu pai novamente me chamou para ajudá-lo a tirar os peixes do barco, tínhamos de cruzar uma estreita trilha visivelmente tomada pelo mato.
Meu pai abriu o caminho com o facão, o céu estava limpo e o sol estava nervoso. De repente começou a ficar tudo nublado, ainda não tínhamos chegado ao barco; ficamos realmente muito assustados porque nunca vimos o tempo mudar tão rapidamente como naquele dia.
De repente caiu uma chuva forte, corremos para as árvores. Lembro do rugindo estranho, pensávamos que fosse alguma onça, encostei na árvore e não consegui me mexer, meu pai também ficou parado, sentimos algo aterrorizador e um fedor estranho - anos mais tarde compreendi que era algo semelhante a enxofre.
Uma fumaça escura em formato de bicho rastejava numa bandeja composto com farinha, um boneco avermelhado, havia algum tipo de galinha ou frango e vários cabelos, um pano rasgado e no copo algo semelhante a sangue. A criatura rodava aquele negócio, quando a chuva parou voltou a ficar ensolarado, eu corri e deixei meu pai sozinho. Cheguei em casa tão amedrontado que nunca mais entrei naquele matagal.
Contando em palavras parece ser uma bobagem, mas quando você presencia esses tipos de fenômenos é outra situação.
O autor desse relato preferiu manter o anonimato.
LeandroAB.25@gmail.com