Nada somos, a carne os bichos vão comer ou será transformada em cinzas. Mistério Resumo.


 Debaixo desse sol, somos nada mais do que carne, gordo ou magro, grande ou pequeno, não há distinção, pois todos irão descer à sepultura, uns vão mais cedo outros vão mais tarde consumidos pela fadiga da velhice.

 Querer ser mais do que o próximo é uma ilusão, tudo que vivemos e vivenciamos não restará nada, até as lembranças o tempo é encarregado de apagar das memórias de quem permanecer por um breve tempo nesta terra.

 Vaidade, beleza, ostentação de bens, acúmulo de riquezas materiais, paixões carnais é tudo em vão, até os ponteiros do relógio sabem o dia e a hora do nascimento de cada homem ou mulher e a sua morte, mas tanto o homem quanto a mulher não conhece o seu chegar e o seu partir.

“Palavras do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém.

Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade.

Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?

Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece.

Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu.

O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos.

Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr.

Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir.

O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.

Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.

Já não há lembrança das coisas que precederam, e das coisas que hão de ser também delas não haverá lembrança, entre os que hão de vir depois.

Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém.

E apliquei o meu coração a esquadrinhar, e a informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu; esta enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens, para nela os exercitar.

Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito.

Aquilo que é torto não se pode endireitar; aquilo que falta não se pode calcular.

Falei eu com o meu coração, dizendo: Eis que eu me engrandeci, e sobrepujei em sabedoria a todos os que houve antes de mim em Jerusalém; e o meu coração contemplou abundantemente a sabedoria e o conhecimento.

E apliquei o meu coração a conhecer a sabedoria e a conhecer os desvarios e as loucuras, e vim a saber que também isto era aflição de espírito.

18 Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor.”

Eclesiastes 1

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