Na civilização egípcia houve um desejo de uma sociedade perfeita, piramidal como suas construções, mas harmoniosa, sem estridência. O Sol (deus supremo) projeta sua radiação fértil sobre as pessoas do alto do céu ou do alto do trono onde fica em forma humana.
Quanto ao Nilo, fonte de vida e germinador das colheitas, recebe em suas margens em um abraço estreito de poucos quilômetros de largura todos os seres vivos certamente, naquela grande casa que é o Egito.
No Egito a magia, a adivinhação e o culto aos mortos eram abundantes. Como essas práticas às vezes assumiam formas más, insinuam a convicção da existência de forças malignas misteriosas que poderiam ser invocadas para causar infortúnio ao inimigo.
Nesse sentido, Frederik Koning, especialista no assunto e autor da obra História do Satanismo, nos diz o seguinte:
A magia negra dificilmente difere da praticada na Mesopotâmia. Os feitiços são praticados principalmente em figuras de cera. O faraó Ramsés III (por volta de 1200 AC) foi escolhido como vítima por uma de suas concubinas, Tij ou Tii, que queria colocar seu filho no trono.
"Um dos cúmplices de Tij conseguiu roubar um livro da biblioteca real, um livro mágico no qual a ele foi ensinado a cegar uma pessoa e matá-la, sem levantar suspeitas. O referido cúmplice modelou as figuras de cera necessárias para o encantamento, mas a mágica não teve efeito. Então o ataque ao faraó foi decidido. Ramsés III foi ferido e os cúmplices, assim como o sujeito que cometeu o ato de magia negra, foram condenados à morte.