Essa é a história de uma moça afro americana que o contava tudo; os passos que necessitava para cruzar a rua, os passos que fazia para chegar na igreja, o número do pratos que limpava, as estrelas que via. Ela contava tudo o que podia contar.
A história de uma moça afro americana que cresceu em uma época que na qual a segregação racial era uma realidade e que ainda tendo, a prioridade, poucas oportunidades, se converteu em uma excelente aluna de matemática.
A história de uma excelente matemática que realizou os cálculos que levariam o homem para a Lua.
A história de Katherine Johnson.
Uma excelente aluna. A mulher que calculava tudo. Um autêntico computador humano.
Uma excelente aluna. A mulher que calculava tudo. Um autêntico computador humano.
Katherine Johnson nasceu em 26 de outubro de 1918 em White Sulphur Springs, Virginia Occidental, e desde muito pequena demonstrou seu genialidade para matemática. Tristemente as leis de segregação racial que imperava nos Estados Unidos naquela época faziam que uma pessoa de cor negra não pudesse estudar mais além do oitavo ano no estado em Katherina Johnson vivia.
Decididos que seus filhos e filhas tivessem uma boa educação, os pais de Katherina Jonhson decidiram se mudar para o Institute, onde estava o West Virginia Colored institute para pessoas negras.
Graduou-se bem cedo com a idade de 14 anos e com 15 continuou seus estudos superiores na denominada West Virginia State College, onde conseguiu seus graus de matemática e Francês com 18 anos.
Durante seus anos de estudo teve o apoio de vários professores, entre eles a química e matemática Angie Turner King e o matemático W.W Schieffin Clayton, a terceiro afro americano em obter um doutorado nos Estados Unidos.
O professor Clayton viu semelhante potencial em Katherine que criou assinaturas de geometria analítica e aeronáutica especificamente para ela.
O professor Clayton viu semelhante potencial em Katherine que criou assinaturas de geometria analítica e aeronáutica especificamente para ela.
Em 1937 a (quase) única opção de uma mulher afro americana para trabalhar fora de casa era de se dedicar ensinando fora do horário de aula.
Foi assim como Katherine se mudou a Marion (Virginia) e exercer como professora de matemática, música e francês. Segundo sua própria palavra foi em Virginia onde sofreu as consequências da segregação racial e o racismo pela primeira vez de forma consciente. Embora também foi em Virginia onde Katherine lutou de alguma maneira contra essa segregação: foi um dos três estudantes afro americanos (a única mulher) selecionados para realizar estudos de pro - graduação em West Virginia University de Morgantown.
Foi assim como Katherine se mudou a Marion (Virginia) e exercer como professora de matemática, música e francês. Segundo sua própria palavra foi em Virginia onde sofreu as consequências da segregação racial e o racismo pela primeira vez de forma consciente. Embora também foi em Virginia onde Katherine lutou de alguma maneira contra essa segregação: foi um dos três estudantes afro americanos (a única mulher) selecionados para realizar estudos de pro - graduação em West Virginia University de Morgantown.
Tristemente, problemas familiares fizeram que Katherine não pudesse finalizar seus estudos.
O ano de 1950 se passava quando ela conheceu a NACA (National Advisory Committee for Aeronautics), predecessora da NASA (National Aeronautics and Space Administration), buscava mulheres afro americanas para tarefas de cálculos no Departamento de Guia e Navegação.
Durante a II Guerra Mundial as agências governamentais dos Estados Unidos contrataram muitas mulheres para realizar diferentes atividades. Depois da guerra, a NACA seguiu aplicando dita política, especialmente quando a carreira espacial deu seu início da saída com o lançamento do Sputnik 1 por parte da União Soviética anos mais tarde. Embora não pode conseguir o trabalho em 1950 por a vaga estar cheia de contratação Katherine começou a trabalhar para a NACA em 1953.
Como especialista em matemática e geometria, seu trabalho consistia em realizar todas as realizações e comprovações de cálculos que requeriam os engenheiros aeronáuticos.
Esse era um trabalho silencioso que as mulheres faziam sem perguntar nada. Mais Katherine não se conformou somente com fazer o trabalho. Começou a fazer perguntas como "por que, "para que", "como", "porque não" e pediu poder ir as reuniões dos engenheiros para poder discutir essas questões com eles.
Lhe contestaram que isso não era comum, no qual ela perguntou se estava proibido. A contestação foi que não, e e foi assim como Katherine Johnson começou a ir as reuniões.
Esse era um trabalho silencioso que as mulheres faziam sem perguntar nada. Mais Katherine não se conformou somente com fazer o trabalho. Começou a fazer perguntas como "por que, "para que", "como", "porque não" e pediu poder ir as reuniões dos engenheiros para poder discutir essas questões com eles.
Lhe contestaram que isso não era comum, no qual ela perguntou se estava proibido. A contestação foi que não, e e foi assim como Katherine Johnson começou a ir as reuniões.
Com o tempo foi destacando não somente por seus conhecimentos mais também por suas capacidades de liderança.
A pesar das barreiras iniciais que pode sofrer no início de sua carreira devido a sua dupla condição de mulher e negra afro americana, pouco a pouco se foi ganhando o reconhecimento de seus colegas de trabalho.
Sua assombrosa carreira como matemática cientifica espacial e informatica teorica a converteram em tudo em um referente na NACA/NASA.
Sua assombrosa carreira como matemática cientifica espacial e informatica teorica a converteram em tudo em um referente na NACA/NASA.
Foi encarregada de levar a cabo os cálculos do Projeto Mercury desenvolvido a atual NASA entre 1961 e 1963. Calculou a trajetória parabólica do vôo espacial de Alan Shepard, o primeiro americano que viajou ao espaço a bordo do Mercury Redstone 3 em 1961. Esse vôo orbital da humanidade do cosmonauta Yuri Gagarin.
Segundo as próprias palavras de Katherine "no início, quando disseram que queriam que a cápsula baixasse em um lugar determinado me disseram que a cápsula baixasse em lugar determinado e que estavam tratando de calcular onde e quando deviam fazer o lançamento, lhes disseram: deixa-me fazer. Decidi quando e onde o desejasse em um lugar na terra e os indicarei quando deve decolar".
Segundo as próprias palavras de Katherine "no início, quando disseram que queriam que a cápsula baixasse em um lugar determinado me disseram que a cápsula baixasse em lugar determinado e que estavam tratando de calcular onde e quando deviam fazer o lançamento, lhes disseram: deixa-me fazer. Decidi quando e onde o desejasse em um lugar na terra e os indicarei quando deve decolar".
Embora em 1962 a NASA começasse a utilizar computadores eletrônicos para realizar os cálculos, ela foi a encarregada de verificar as contas do computador que levariam a Jonh Glenn em seu voo orbital ao redor da Terra na nave Friendship 7.
Seu magnífico trabalho não acabou ali. Calculou a trajetória do Apollo 11 que levasse o nome na Lua em 1969. Porém seus cálculos ajudaram a sincronizar o módulo lunar com o módulo orbital. Katherine comentava: "eu havia feito os cálculos e sabia que eram corretos, mais podia passar qualquer coisa". De fato algo inesperado passou durante a missão Apollo 13 e Katherine ajudou,uma vez abortava a missão, na qual a nave voltasse para a Terra implementando procedimento e cartas de navegação.
Também participou no programa Space Shutlle e em planos de missão a Marte até sua jubilação, em 1986, depois de trinta e três anos de serviço a NASA.
Katherine Johnson recebeu inumeráveis prêmios e reconhecimento ao longo de sua vida. Alguns de seus vinte e seis artículos publicados são dos mais importantes da NASA.
Recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade dos Estados Unidos, a maior condecoração a uma pessoa civil em seus país, assim como outros prêmios como a matemática do ano (1997) no Lunar Orbiter Spacecraft and Operations Group Achievement Award (1967).
Em janeiro de 2017 estreou o filme Estrela Além do Tempo, baseada na novela de Margot Lee Shetterly e onde se conta a ida de Katherine e outras quatros extraordinárias mulheres da NASA: Dorithy Vaughan, Mary Jackson, Christine Darden e Gloria Champine.
Em janeiro de 2017 estreou o filme Estrela Além do Tempo, baseada na novela de Margot Lee Shetterly e onde se conta a ida de Katherine e outras quatros extraordinárias mulheres da NASA: Dorithy Vaughan, Mary Jackson, Christine Darden e Gloria Champine.
Atualmente Katherine se dedica a falar com crianças e jovens, especificamente mulheres, sobre a perseverança e a importância de lutar por seus sonhos por cima de qualquer discriminação racial e de gênero, tal e como ela fez.
Também lhes anima para estudar ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) já que, segundo suas palavras:
Sempre teremos a STEM conosco. Algumas coisas desaparecem de nossa vista, mais sempre haverá ciência, engenharia e tecnologia. E sempre, sempre, haverá matemática.
Com a Informação UUBR.