A cabeça de um lobo gigante com o cérebro quase intacto, preservado por cerca de 30.000 anos, foi encontrada no permafrost da atual república de Sakha-Yakutia, na Rússia.
Cabeça de lobo foi encontrada por caçadores na Sibéria.
Como um mensageiro da Era do Gelo, a cabeça de um lobo gigante encontrada na Sibéria tem sido estudada por cientistas da Rússia, Suécia e Japão como testemunho precioso do Pleistoceno.
A descoberta sensacional foi feita por um residente local no verão de 2018 na margem do rio Tirejtyaj, mas só agora sua análise foi feita.
Ela tem tem mais de 30 mil anos de idade, inclui presas e até mesmo um cérebro incrivelmente preservados. Trata-se da primeira cabeça intacta de um lobo adulto da Era do Gelo.
Outro atributo importante é seu comprimento, de 40 cm – muito maior que a de um lobo atual, que mede entre 23 e 28 cm.
A descoberta foi revelada em Tóquio, durante a abertura da exposição Woolly Mammoth de restos de animais congelados, organizada por uma equipe de cientistas da Rússia e do Japão, relatou o The Siberian Times.
Segundo os pesquisadores, é o primeiro lobo adulto da era do Pleistoceno encontrado até hoje, cuja idade era de dois a quatro anos quando ele morreu.
A cabeça, que mede cerca de 40 centímetros, enquanto a metade do corpo de um lobo moderno é de 66 a 86 centímetros, tinha um rico manto, semelhante ao mamute, e impressionantes presas quase intactas.
Protopopov não sabia a idade da cabeça, e contatou especialistas na Suécia.
David Stanton, pesquisador em paleogenética evolutiva do Museu de História Natural da Ciência na Suécia, foi um dos cientistas que ajudou a definir a idade.
Fizemos datação por radiocarbono de um pedaço de tecido com uma empresa norte-americana chamada Beta Analytic”,
explicou Stanton.
A idade que determinamos foi entre 32.560 anos e 31.480 anos (com precisão de 95%). Outra equipe independente chegou ao valor de 32.705 a 31.690 anos, então podemos dizer com confiança que o espécime tem 32.000 anos, com uma margem de erro não superior a 500 anos “.
Cientistas do Museu Sueco de História Natural, enquanto isso, examinarão o DNA do predador.
Esta é uma descoberta única dos primeiros restos de um lobo Pleistoceno plenamente desenvolvido com o seu tecido preservado. Compará-lo com lobos modernos para entender como as espécies evoluíram e reconstruir sua aparência”,
disse o cientista Albert Protopopov, da Academia de Ciências da Rússia Sakha-Yakutia.
É muito raro encontrar espécimes com este nível de preservação, então esta cabeça é muito valiosa. Acreditamos que é um espécime de um ‘lobo das estepes do Pleistoceno’, uma linhagem de lobos que se tornou extinta provavelmente entre 20.000 e 30.000 anos.”
Espécimes extraordinários como este podem nos dar informações sobre por que essa linhagem foi extinta quando os lobos modernos sobreviveram.”
Enquanto isso, os pesquisadores ainda não conseguem explicar por que a cabeça do lobo foi cortada, mas afirmam que é improvável que tenha sido um troféu de caçador, já que o homem primitivo começou a chegar somente a essa parte do norte da Rússia cerca de 32.500 anos atrás.
Com a Informação BBC.